- Outro cappuccino rapaz?
Rafael anuiu com a cabeça para o garçom. Era um garoto de
apenas quatorze anos e de cabelos castanhos e lisos, penteados para trás. Lá
estava ele no Café às dez horas da manhã, se perguntando o que fazia ali numa
chuvosa manhã de sábado.
Mais uma manhã desperdiçada. E desperdiçada em quê? Como de
costume, devaneios preenchiam sua mente e por alguns segundos não enxergava.
Não existia concentração, retina e córtex não permitiam que imagens penetrassem
livre em sua mente. Toda a atenção estava ligada em pensamentos sobre Anna: os
olhos encantadores, o sorriso adorável, sua respiração acelerada quando ele a
via. Tais pensamentos que a qualquer momento poderiam tomar vida própria se ele
descuidasse. Seria está seu destino? Um simples ser humano atormentado por
cenas que ele mesmo criara?
Ele se levantou,
deixando certa quantia de dinheiro sobre a mesa, e saiu do estabelecimento que
agora estava vazio.
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