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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Eu sou o nada.
Nada.
Absolutamente absurda.
Tão absurda quanto a ideia de que o nada existe.
Dicionario diz que nada pode significar o não-ser.
Nunca entendi essa definição.
Nunca entendi nada.
Nunca entendi tudo.
Nunca entendi o que não existe.
Como algo pode não existir?
Outra coisa que eu não entendo.
Eu só consigo ser.
Só consigo existir.
Só consigo não entender.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

- Não consigo levar nada a sério.
- Só o seu relacionamento.
- Não tem graça.
- Idiota. Ficou falando comigo daquele jeito e depois não deixou.
- Que jeito?
- Você não me tratava como amigo.
- Eu disse que era uma putinha.
- Também disse que devia ter ficado comigo a muito tempo.
- Eu estava dopada.
- Eu não.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Eu queria poder escrever. Mas em mim só encontro o silêncio. E, por isso, eu não sei escrever. Escrever, é claro que eu sei. Só não sei escrever um livro. Não consigo encontrar as palavras. Não consigo encontrar as palavras nas palavras. Só encontro minha voz no que penso. Mas o que eu penso ninguém ouve. O que eu penso é silêncio. Então eu me calo. O silêncio é minha voz.
 O silêncio é voz que eu calo.
 O silêncio é a voz que eu guardo.
 O silêncio é lá onde eu moro.
 O silêncio sou eu.

Lourenço Mutarelli.
Descobri que tenho enxaqueca.
A primeira crise quase me matou.
Enxaqueca não tem cura.
Câncer não tem cura.
A cura da enxaqueca é a rotina.
Detesto rotina.
A rotina é o meu câncer.
Câncer não tem cura.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

- As vezes eu acho que a tristeza é sinônimo de beleza.
- É sinônimo de sabedoria.
- Sinônimo de poesia. De arte.
- Se tristeza fosse sinônimo de beleza eu já teria pego meio mundo.
- A tristeza é bela e não quem é triste, mas o que ele produz.
- Eu sou a tristeza.
- Você é lindo.
- É o que minha mãe diz. Era o que a Leticia dizia.
- É o que eu digo. E só isso importa.
- É.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tento falsear meus sentimentos, mas tudo que eu consigo fazer é torna-los mais intensos. E essa minha puta dificuldade de externa-los só me fode.

domingo, 18 de novembro de 2012

Cansada de viver de ilusões, emagreceu muito nesse ultimo mês.
- Você não tomou os remédios, certo?
- Tomei.
- Af. POR QUE?
- Eu falei que ia tomar.
- Você falou que ia deixar eu pegar nos seus peitos.

sábado, 17 de novembro de 2012

Estou cansada de viver e reviver velhas ilusões. Eu realmente preciso de alguém que torne minha vida menos diminuta. Mesmo que esse alguém seja parte de mais uma tentativa inútil.
''Falsa sensação de bem estar.''

Uma das frases mais sinceras que já li.
O amor é apenas (mais) uma tentativa omissa na minha vida.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

- Eu ia fazer um monologo sobre a vida após a morte e memorias inventadas, mas não há tempo.
- Não sei se tomo os quatro últimos comprimidos agora ou guardo pra depois.
- Guarde. Vamos nos dopar juntos.

 Essa foi a coisa mais romântica que eu já disse pra alguém.
- Gosto de ler bulas de remédio.
- Gosto de ler pensamento.
- Mas não consegue. Como pode gostar de algo que não faz?
- Bem, eu gosto de sexo.

- Você estava certa. Nossas conversas realmente parecem algo escrito por algum babaca disléxico francês. 
- É.
- Não sei como devo me sentir sobre isso.
- É bom. Deveria ser.
- Preferiria que minhas conversas tivessem o rumo de alguma animação nonsense.
- Faça com que elas tenham.
- Estou tentando mas elas são visuais demais para eu conseguir apenas com palavras.
( ͡° ͜ʖ ͡°)
- Que merda é essa?

- Consegui. Totalmente nonsense.

- Totalmente idiota.
''Decidi nunca mais me apaixonar. É um hábito nojento.''

Marianne, Pierrot le fou.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

- Gosto de filmes franceses.
- Eu acho um saco. Não dá pra saber se a legenda esta correta.
- Gosto de prestar atenção no som das palavras.
- Eu não.
- Você é chato.
- Sim. É por isso que eu não tenho amigos.
- E eu?
- Amiga e companheira amorosa.
- Gosto do rumo das nossas conversas. São como diálogos confusos dos filme do Godard.
- Diálogos de uma sitcom medíocre.
- Você é realmente chato.
- Mas uma sitcom medíocre que eu amo.
- Gosto de pensar que relacionamentos são tentativas malogradas de reinventar o amor. 
- Tive que pesquisar o que é malogradas. É uma palavra muito feia.
- Feia como eu.
- Gosto de pensar que relacionamentos são uma tentativa frustrada de preencher você mesmo. Portanto, qualquer pessoa serve. E eu acredito que todas as pessoas são substituíveis.
- Todas.
- Todas menos eu.
- Talvez.
- Minta para mim.
- O problema é achar um substituto. Isso eu nunca vou achar.
- É o que eu digo. Obrigado por mentir.
- Não estou mentindo. 
- Dois corações pra você. Sem defeito.

Fiquei quieta querendo responder que ter o dele seria o suficiente. Deve ser o sono. Não sou tão romântica assim. 
- Desejando nada mais do que aquele prazer tão banal de nos sentir bem juntos.
- Quem juntos?
- Trilha sonora de Pierrot le fou. 
- Achei que você queria transar comigo.
Eu gosto do que estou sentindo.

domingo, 11 de novembro de 2012

- Tenho que parar de fazer promessas que eu sei que não vou cumprir.
- Do que está falando?
- Boquete.
- Decepcionado com você.
- Vontade de postar isso no blog.
- Poste.

Devaneios



- Outro cappuccino rapaz?
Rafael anuiu com a cabeça para o garçom. Era um garoto de apenas quatorze anos e de cabelos castanhos e lisos, penteados para trás. Lá estava ele no Café às dez horas da manhã, se perguntando o que fazia ali numa chuvosa manhã de sábado.
Mais uma manhã desperdiçada. E desperdiçada em quê? Como de costume, devaneios preenchiam sua mente e por alguns segundos não enxergava. Não existia concentração, retina e córtex não permitiam que imagens penetrassem livre em sua mente. Toda a atenção estava ligada em pensamentos sobre Anna: os olhos encantadores, o sorriso adorável, sua respiração acelerada quando ele a via. Tais pensamentos que a qualquer momento poderiam tomar vida própria se ele descuidasse. Seria está seu destino? Um simples ser humano atormentado por cenas que ele mesmo criara?
 Ele se levantou, deixando certa quantia de dinheiro sobre a mesa, e saiu do estabelecimento que agora estava vazio. 
O amor até hoje nunca se mostrou significativo na minha vida.

Turbilhão

As gotas caem, a porta se abre e se fecha, o vento balança as folhas das arvores.Turbilhonantes pensamentos vêem...Splach splach, gotas continuam, o vento em seu continuo movimenta a porta, movimentas os galhos, movimenta a vida.Fecho os olhos, fico sozinha com meus conflitos, sentimentos, os mais internos e pessoais.
Tic tac, tic tac.Lembro e relembro de coisas, de coisas que eu gostaria que acontecessem, de coisas que poderiam ter acontecido, de coisas que poderão acontecer, de coisas de nós dois.O silêncio domina o ambiente, as gotas agora caem com veracidade, o vento já derruba telhados e a porta se tranca. O tempo continua passando, pensamentos vem e vão incessante, minha imaginação me leva para o infinito.
E é incrível como uma frase pode acabar com tudo:
- Já amanheceu!

Tempo

O tempo passa e com ele leva sentimentos,
O tempo me mudou.
O tempo agora me lembrou que o tempo
Tem que dar um tempo ao tempo.
Porque o tempo leva tempo,
Pra esquecer o que passou.